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quinta-feira, 3 de abril de 2014

Novo endereço do Blog!

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Oi pessoal, faz tempo que não posto nada aqui, mas porque estava trabalhando em uma super novidade: um blog novinho em folha!




Já faz algumas semanas que esse novo espaço está pronto, mas ainda estava acertando alguns detalhes. A minha intenção é redirecionar automaticamente as postagens do blog aqui no Blogger para o novo endereço, pois agora o Caderninho da Mamãe, além de cara nova, também tem casa própria! :) Sim, temos um endereço próprio, só nosso!

Mas enquanto esse redirecionamento não ocorre (penando com códigos e configurações..rs), vocês podem acessar o novo blog AQUI!

Espero que gostem do novo site, que foi pensado pra deixar a navegação mais simples e organizada, pra vocês encontrarem o que procuram com mais facilidade. Junto com o novo endereço e o novo layout, virão muitas outras novidades por aí! Aos poucos vou mostrando tudo por lá.

Então acessem o novo Caderninho da Mamãe e me digam o que acharam das mudanças, ok?!

Espero vocês lá!

Beijos,

Mari

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Pezinhos no mar pela primeira vez

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Ok, eu sumi daqui por um bom tempo. É que juntou fim de ano, fim de aulas, viagens e tudo mais e eu simplesmente não consegui me organizar pra parar e escrever um post decente, embora toda noite antes de dormir eu escrevesse um inteirinho, mentalmente.Mas agora me obriguei a sentar e contar um pouquinho sobre as nossas férias. quer dizer, sobre as férias da Clara e as minhas tentativas de ter umas também.

Porque mãe é assim: passa o ano inteiro trocando fralda, fazendo mamadeira, lavando mamadeira, dando banho, lutando pro filho comer direito e contando os dias pra chegarem as férias. E quando as férias chegam, elas se dão conta de que serão mais algumas semanas trocando fralda, dando banho, lutando pro filho comer...

Mãe não tira férias (eu pelo menos ainda não consegui). Mãe tá sempre de plantão, a postos, com a cabeça em pleno funcionamento pra não esquecer de nada nem deixar o filho passar alguma necessidade. Por isso, o desafio das férias - dos filhos - é tentar relaxar pelo menos um pouco e sair da rotina pra fugir da loucura que é a vida nos outros 11 meses do ano.

E assim foi por aqui. Pela primeira vez em alguns anos, nós nos organizamos para viajar pra praia no fim do ano. A Clara ainda não conhecia o mar e eu esperava ansiosa por esse momento. Por conta dessa viagem, nós não fomos pra casa dos meus pais no Natal, como sempre fazemos. Por questões logísticas e dinheirísticas nós passamos o Natal na casa dos meus sogros, que moram perto de Londrina e de lá partimos pra SC pra passar o Reveillon na praia, meu sonho, e curtir uns dias de sombra e água fresca bem merecidos.

Viajamos na companhia de pessoas muito queridas, incluindo os padrinhos da Clara e isso com certeza fez essa semana na praia ser muito mais divertida. Clara a-mou o mar, embora tenha ficado desconfiada nos primeiros cinco minutos. Nos dias seguintes, tínhamos que manter atenção triplicada porque a todo momento ela queria sair da barraca onde estávamos pra ir pra água - e não tinha receio nenhum de ir sozinha, se deixássemos.






São Pedro ajudou, fazendo dias lindos de sol durante a semana toda. E todos nós aproveitamos muito, afinal era nossa viagem do ano. Claro que teve perrengue também, incluindo uma manhã inteira na rua, de mala, cria e cuia no sol, esperando a dona do apartamento que havíamos alugado chegar com as chaves da casa. Teve horas sem água no apartamento, restaurante fechado pro almoço e Clara sumindo das minhas vistas por uns dois minutos na praia, no último dia de viajem (achei que ela estava com o pai, que achou que ela estava comigo, até que uma mulher que estava há uns 50 metros da gente veio devolver a criatura, que tinha resolvido dar um rolé desacompanhada. Pensa numa mãe que quase infarta!).

Mas também teve muita diversão em família. Teve estrela do mar, siri, conchinhas recolhidas na areia. Teve a Clara experimentando camarão pela primeira vez - e gostando. Teve sete ondinhas e banho de mar pra tirar a uruca na noite de Reveillon (tô contando com isso, hein Iemanjá). Teve muita alegria pra Clara. E se teve alegria pra filha, teve alegria pra mãe também né.
 

No fim, até que consegui relaxar e aproveitar bem a viagem. Agora é aproveitar os últimos diazinhos de férias da Clara e se preparar pra mais uma centena de troca de fraldas (o desfralde tá difícil por aqui, depois conto mais), de mamadeiras, de comidas arremessadas, de banhos, de idas e vindas à escola e de tudo que 2014 vai nos trazer.

Feliz Ano Novo pra vocês!

Beijos,

Mari

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Menos brinquedos, mais brincadeiras: meu presente de Natal

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Vem chegando o verão Natal, pipocam em todo lugar aquelas anúncios maravilhosos de brinquedos-que-seu-filho-não-pode-viver-sem e todo mundo só pensa em uma coisa: presentes, presentes e mais presentes!

Quer dizer, quase todo mundo. Felizmente, tenho visto uma corrente de pessoas que, felizmente, tem o bom senso de perceber que as crianças, principalmente as com menos de 4 ou 5 anos de idade, pouco ou nada se importam com presente de Natal.

Imagine comigo: seu filho, que nem saiu das fraldas, literalmente, ganha um brinquedo caríssimo, cheio de firulas, cuja embalagem promete ajudar no desenvolvimento motor, da fala, do andar ou sei lá mais o que. Ele abre, curioso, aperta um ou dois botões, chacoalha pra um lado e pro outro e em menos de três minutos abandona o brinquedo e começa a brincar animadamente com a embalagem do dito cujo. No final daquele dia, ele passou mais tempo se divertindo (e aprendendo) com a caixa do que com a maravilhosa invenção que custou mais de 200 reais. Duvido que isso já não aconteceu por aí.

Não que eu seja contra os brinquedos, muito pelo contrário. Só acho que não é necessário uma criança ganhar um milhão deles, nem os mais caros, só pra atender ao apelo de meia dúzia de empresas ou por que as pessoas acham que têm essa obrigação. Eu adoro dar e receber presentes e claro que não sou contra as pessoas presentearem a Clara, mas acho válido falar que nem sempre o dinheiro investido em um presente é proporcional ao tempo que a criança gastará aproveitando-o.

Aqui em casa, até hoje dá pra contar nos dedos de uma mão os brinquedos que eu comprei pra Clara – quase todos bem baratinhos. No seu aniversário de 1 ano ela ganhou muitos – bem mais do que eu esperava – e até hoje ainda estamos “estreando” os presentes que ela ganhou há mais de um ano. Ainda assim, a sala está sempre cheia deles – e a Clara tá sempre brincando com as peças de alumínio da cozinha.

Nos dois últimos anos, ela mal entendia que o Natal é uma época especial. Muito menos que precisava ganhar presente. Por isso mesmo, não ganhou (meu e do pai). Nesse ano, ela só sabe mais ou menos que o “Papai Noel traz presente” porque já entende melhor o que acontece ao redor e porque na escola ela ganhou presente dele (que eu comprei, por R$20). Quando pergunto o que ela quer ganhar do Papai Noel, ela diz que quer um carro. Depois conto qual foi o carro que ela ganhou!

Mas fora isso, sinceramente, não ligo se ela não ganhar mais nenhum. Eu sei que o que não falta, em casa e fora dela, é coisa pra aguçar sua imaginação, seu raciocínio e sua diversão.  Que falte brinquedos, mas não falte brincadeiras!



*Dica: Se você também acha que criança não precisa de muita coisa pra ser feliz, conheça o Movimento Infância Livre de Consumismo, que tem discussões e pontos de vistas muito interessantes sobre o assunto :)

Beijos,

Mari

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Trabalhar fora ou ficar com os filhos? A eterna dúvida materna

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Parar de trabalhar pra me dedicar mais à Clara era uma possibilidade – e mais que isso, uma vontade que eu vinha alimentando há certo tempo. Até que me vi de frente com essa mudança e, confesso, fiquei aliviada por a vida ter tomado esse rumo. Eu sempre amei trabalhar, gostava do que fazia, por muito tempo aquilo me motivou e me fez feliz.

Fui “do contra” da maioria das mães, que deixam de trabalhar quando engravidam. Eu voltei a trabalhar depois da licença maternidade quando a Clara tinha quase 5 meses e estava “tranquila” com essa decisão, foi até mais fácil do que eu achei que seria. Fui feliz trabalhando fora – enquanto ela era cuidada por uma pessoa ótima e de super confiança em casa – por mais de um ano.

Mas aí alguma coisa começou a mudar. Eu comecei a sentir uma falta danada de poder acompanhar mais de perto as tantas transformações na vida da minha filha, de ter tempo pra ela e pra mim também, porque trabalhando e ficando fora de casa o dia todo não dava tempo pra NADA! Eu não rendia mais tão bem no trabalho e a empresa precisava de alguém com gás total. Resultado: saí.  Isso já faz quase cinco meses e, agora, olhando e tentando fazer uma avaliação dessa mudança – que só quem é mãe sabe o quanto é grande – posso dizer que sim, foi a melhor coisa que poderia ter acontecido.

Como toda escolha, escolher “não trabalhar fora” tem seus prós e contras. E eu não poderia saber de todos eles se não tivesse passando por isso.

Entre os benefícios, está a impagável oportunidade de vivenciar o dia a dia de uma menininha que faz milhões de descobertas todos os dias, que está desembestando a falar e que apronta todas e mais algumas. E se é cansativo pacas (sim, é!), também é ótimo acompanhar toda essa eufórica e desafiadora infância, que é única pra ela e pra mim.

Outro ponto a favor dessa decisão é ter tempo pra fazer as minhas coisas: as que eu preciso, tipo ir ao banco, compras as coisas pra casa, resolver as pendências da Tchukids, etc, e também as que eu quero, como por exemplo, ir à academia, sair no meio da tarde pra tomar um sorvete (e depois ir pra academia de novo), viajar durante a semana e tantas outras coisas que antes eu não podia fazer. Tudo isso faz um bem danado!

Sem falar na liberdade de fazer meus horários, trabalhar em casa de olho na cria, de dividir meu tempo da forma como eu achar mais produtivo e mais adequado à rotina de casa.
Por outro lado, ao deixar de “trabalhar fora”, descobri que “trabalhar dentro” é igualmente  cansativo às vezes. (Nesse momento, Clara acaba de acordar e chegar no sofá, onde escrevo esse post, pedindo colo. Provavelmente ele só será terminado amanhã).

Pouco depois que eu parei de trabalhar na agência, a Rose, babá e faz-tudo aqui em casa desde que a Clara era bebezinha também pediu pra sair (sinal de que nada acontece por acaso) e eu me vi doida – e perdida – pra cuidar da casa, da Clara, do home Office e de tudo mais sozinha. E aí a gente percebe que ser mãe e dona de casa é, com o perdão da palavra, trabalhoso pacarái

Tem dias que acho que vou surtar: é a casa de pernas pro ar, almoço pra fazer, Clara dando chilique, trabalho me esperando, encomendas pra despachar, trabalho-ad-infinitum-forever-quero-fugir-pra-uma-ilha. E é por isso que dá vontade de enfiar um garfo no zóio de quem olha pra você e pensa: "que moleza essa vida de mãe que não trabalha". 



Mas aí você percebe também que, se dá conta de tudo isso sem deixar a casa pegar fogo ou sua filha morrer de fome – ou de tédio, dá conta de qualquer outro trabalho no mundo, meu bem. Só falta receber salário, porque, aliás, essa é outra questão que pesa contra nessa questão trabalhar fora versus se dedicar exclusivamente aos filhos. Por enquanto, eu ainda tenho uma graninha pra me virar com as minhas despesas, mas ano que vem, sinceramente, não sei como vai ser. Tremo só de pensar na possibilidade de ter que ficar pedindo dinheiro pro marido pra tudo, então essa parte é a que mais me preocupa no momento.




Mas, mesmo assim, não tenho pretensão de voltar a trabalhar em horário integral, fora de casa, com hora pra sair e pra entrar (e nenhum tempo pra mim). Deus queira que chova frilas e encomendas na Tchukids, pra eu conseguir manter essa minha decisão. Decisão da qual não me arrependo nem um tiquinho (pelo menos até o momento em que escrevo esse post) e que só me mostrou mais uma vez que não há regras, nem certo ou errado quando o assunto é o bem estar de mães e filhos. Cada um tem que saber o que é melhor pra sua família - e qual a hora de arriscar mudar, se assim quiser.


E por aí, qual foi o melhor caminho pra vocês, mães, depois que os filhos chegaram? Pensam em mudar de rumos também?

Beijos,

Mari

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

O que anda rolando por aqui – III

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Clara agora deu de chamar o pai pelo nome, principalmente quando quer chamar sua atenção ou “dar uma bronca”:
- “Não pode, papai Juni (Junior)”
Quando ele está em outro cômodo da casa, ela grita: -“Papaiêêê”. Se ele não atende, ela apela: -“Papai Juniiii”
Ps: Ele não tá gostando nada dessa história de ser chamado pelo nome, diz que fica parecendo que ela tem outro pai.

********

Aprendeu, sozinha, que precisa pedir permissão pra fazer certas coisas. Agora é o tempo todo perguntando:
- “Pode, mamãe?”
O problema é que tão rápido aprendeu a pedir, também aprendeu a responder por conta própria e antes de mim:
-“Póde fazer gegenho (desenho), mamãe? Póóóóde”
#oi?

********

Descobriu que os meninos tem pipi e meninas tem “tica” (ideia do papai esse nome). Quando vai tomar banho ou quando vê o pai trocando de roupa, fica gritando toda feliz:
- “Papai tem pupum !(pipi – ela troca o i pelo u). Tcha no tem (Clara não tem). Mamãe no tem.

********

Não gosta quando fala com a gente e não damos muita bola. Chama uma, duas, três vezes (sempre aumentando o tom da voz)...se estou distraída com outra coisa e não olho, ela pega no meu rosto, vira na sua direção e fala brava: - “Mamanhêêêê”

********

Tenho insistido que ela precisa dizer “por favor” quando quer algo. Então quando pede alguma coisa e eu digo que não posso dar ela olha com cara de coitadinha, vira o pescoço de lado e solta: “Fufavô mamãe. Fufavô”. Difícil é negar depois de um pedido tão fofinho.

********

Quando vai dormir, às vezes pede pra rezar. Junta as mãozinhas, abaixa a cabeça, fecha os olhos e faz uma oração que tenta imitar a minha. Vou rezando e ela vai atrás. 
Eu digo: “Obrigada Papai do Céu, pela minha saúde”
E ela completa: “Da mamãe, do papai, da vovó, da bum(bisa), do vovô, do tio..”
Logo depois disso, ela dá a oração por encerrada e diz: “Amã” (Amém)
É a coisa mais fofa do mundo!

********

O pai do Junior tem uma cerâmica e sempre que vamos pra casa deles, ela o vê trabalhando, normalmente dirigindo a pá carregadeira que ele usa pra levar lenha pros fornos. Ela deve ter ouvido falarmos da tal máquina e agora o vovô paterno é o “vovô da pá”. Toda vez que vê um caminhão na rua sai gritando: - “Ó o vovô pá”

********

Semana passada, participamos de um piquenique onde haviam várias mães amamentando. Pois no dia seguinte, cismou que queria mamar no meu peito! Tentei explicar de todas as formas que eu não tinha mais leite, que ela já era mocinha, mas ela insistiu tanto que deixei ela  “tentar”. Lógico que logo ela viu que aquilo não era mais pra ela e depois ficou dando risada da situação.

Fazendo "gegenho" no piquenique

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Dez sinais de que você se tornou (ou está se tornando) uma ativista do parto humanizado

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Uma noites dessas, em um momento raríssimo de insônia, fiquei pensando em como eu mudei minhas ideias com relação ao parto nos últimos dois anos. Felizmente, pude ler e me informar muuuito mais sobre isso nesse tempo e isso me abriu os olhos pra muitas coisas que antes passavam batidas. Infelizmente, isso só aconteceu depois que eu caí na conversa do médico cesarista que me impediu de tentar o parto que eu desejava, mas não tanto assim à época.

Por isso, tenho tanta vontade de falar "umas coisinhas" pras grávidas de primeira viagem quando vejo que elas estão indo pelo mesmo caminho que eu fui na gestação da Clara. Não é uma questão de "cada mulher tem direito a ter o parto que quiser", isso é indiscutível a meu ver, mas é uma questão de que com falta de informação correta, a mulher pode nem chegar a saber o que de fato ela quer e, principalmente, o que merece pro seu parto.

E aí, no meio dos pensamentos, comecei a lembrar das coisas que aprendi e do que, subjetiva ou objetivamente, mudaram em mim. Dessa análise, surgiu a lista a seguir, pra quem se interessar (ou se identificar) possa:

Dez sinais de que você se tornou (ou está se tornando) uma ativista do parto humanizado

Imagem daqui

1) Arrepende-se da cesárea desnecessária do passado ou não consegue pensar em uma forma melhor pro seu filho nascer do que de maneira natural e respeitosa;

2) Assiste muitos, muitos vídeos de partos normais e se emociona com todos. Mas tem vontade de chorar mesmo é quando vê a foto ou vídeo do baby da amiga (ou o seu mesmo), segurado pelo médico como se fosse um frango prestes a ser abatido, logo após ser arrancado da barriga da mãe pelo obstetra fofinho que garantiu que “ele já estava pronto”;

3) Sabe o significado das siglas PD, PN, DPP, LM, LD, PNH e por aí vai;

4) Sente arrepios só de ouvir falar em episiotomia, manobra de Kristeller, sorinho, mãezinha, nitrato de prata, água com glicose, “na hora a gente vê isso”, “não tem dilatação”, “o bebê é muito grande”, “o cordão tá enrolado no pescoço”,  “a cesárea é super tranquila” ou “eu não sou menos mãe porque não tive um parto normal”;

5) Assina tudo quanto é petição, abaixo assinado, carta, manifesto que defenda os direitos das mulheres e mudanças no sistema de atendimento ao parto;

6) Foi ao cinema assistir “O Renascimento do Parto” e saiu de lá querendo levar todo mundo pra ver também;

7) É vista como a chata das redes sociais pelos colegas, já que vive postando notícia de parto, pesquisas sobre parto, foto de parto, vídeo de parto e falando de parto;

8) Não resiste em comentar – e polemizar - os posts das amigas grávidas comemorando o agendamento da cesárea e/ou justificando a escolha com argumentos toscos;

9) Ganhou meia dúzia de amigos nas rodas de conversa sobre parto normal e perdeu outra dúzia que não pode nem ouvir falar do assunto;

10) Leu esse post e se identificou com pelo menos uns 7 sinais.

A minha pitica (nascida de uma cesárea eletiva e desnecessária) já aderiu à causa :)


quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Hora da escola - A escolha e a adaptação

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Há pouco mais de um mês, Clara ingressou em um mundo cheio de descobertas, novas amizades, desafios e alguns vírus e bactérias novos: a escola!

Com a saída da babá e com a minha necessidade de ter um tempo para trabalhar em casa e cuidar dos meus compromissos, achamos que seria uma boa alternativa adiantar em alguns meses o plano de colocá-la em uma escolinha, o que pretendíamos fazer no início do ano que vem.

Visitamos quatro escolas – sempre com a presença da Clara junto com a gente, fizemos muitas perguntas, recebemos muita atenção e explicações. Quer dizer, em uma das escolas nem tanto, pois fomos atendidos praticamente no portão e não nos deixaram conhecer as dependências da escola “por não termos marcado horário. Nem preciso dizer que essa escola já foi descartada logo de cara, né?

Pois bem, analisados todos os prós e contras de cada escola, levando em conta as instalações, a distância de casa, o método de ensino e as impressões que tivemos das pessoas que nos atenderam e das professoras, escolhemos uma. No fim, pesou bastante o fato dessa ser a mais próxima de casa (afinal, teria que levar e buscar a Clara todo dia sem carro) e também o fato do marido ter estudado lá e termos ótimas referências.

Foi uma luta conseguir vaga, principalmente por já estarmos nos aproximando do fim do ano letivo e tudo mais. Depois de uma ligação desesperada e de uma chantagem emocional (rs) da minha sogra, o pessoal da escola foi suuper gente fina e descolou uma vaga pra Clara. Graças a ela, agora sua turma tem um aluno a mais..hehe

Pois bem, começava aí a apreensão de como seria a adaptação da Clara em um ambiente tão novo e diferente do que ela estava acostumada. Por conhecê-la e saber que ela adora crianças e faz amizade fácil, digamos assim, me deixou um pouco mais tranquila. Na escola, a coordenadora nos orientou sobre como seria o processo: na primeira semana, eu ficaria por lá caso ela me chamasse (não fiquei na sala de aula, fiquei na sala da coordenadora) e iríamos aumentando o tempo que ela ficaria na aula aos poucos, até ela conseguir ficar a tarde toda.

No primeiro dia, levei ela até a porta da sala de aula, me agachei, disse que ela ia ficar ali brincando com aquelas crianças e que ia ser muito legal, mas que se quisesse podia me chamar que eu tava logo ali no pátio. Ela se animou, foi logo sentando em uma das cadeiras e depois de ganhar um brinquedo da professora me chamou pra brincar também. Mais uma vez, falei que ia ficar esperando do lado de fora, mas que ela poderia ficar ali brincando com as outras crianças. Assim foi. Fiquei na sala da coordenação (que dá de frente pro pátio), prevendo que a qualquer momento a professora fosse aparecer com ela querendo me ver.

Mas não teve isso. Ela não pediu por mim em nenhum momento. Na hora do lanche, saiu em fila com os novos amiguinhos e ao me ver lá sentada na sala, me chamou pra brincar com ela de novo. A professora disse que iriam lanchar e brincar e ela logo esqueceu de mim (era pra ficar triste ou feliz?). No primeiro dia, fomos embora logo depois do lanche. No caminho, fomos conversando sobre a escola, o que ela fez, se ela havia gostado e ela demonstrou que estava muito a vontade e contente.

No segundo dia, fiquei na escola por cerca de uma hora e a coordenadora me disse que ela estava muito bem, que se eu quisesse sair pra fazer alguma coisa e voltar depois para buscá-la, podia ir. Hesitei, mas também achei que minha presença ali não era necessária, era melhor que ela não me visse pra ver como seria sua reação. Mais uma vez, ela se divertiu e participou das atividades sem chorar, sem estranhar, sem perguntar da mamãe aqui (#chateada). Fui buscá-la antes do horário de saída normal, como a coordenadora havia orientado e ela não queria ir embora.Só aceitou sair da sala quando disse que voltaríamos no dia seguinte pra brincar mais.

Já a partir do terceiro dia, diante do sucesso da adaptação, ela passou a ficar o período inteiro, sem a necessidade da minha presença por lá. As professoras disseram que ela estava indo muito bem e que nem parecia que era a primeira vez que frequentava a escola. Com isso, fiquei bem mais tranquila.
E tem sido assim desde então: ela fica toda animada pra ir pra escola. Chega lá, se despede de mim sem cerimônias e corre toda feliz lá pra dentro. E eu? Fico feliz que tudo tenha ocorrido sem problemas, traumas ou estranhamento pra ela. Hoje tenho mais certeza que fizemos a escolha certa e que a escola vai fazer muito bem a ela.

Massss...verdade seja feita, nem tudo foi flores nesse primeiro mês. Como eu muito ouvi falar, a pequena não escapou de ficar doente. Logo na primeira semana, pegou uma gripe bem forte (coisa que nunca tinha acontecido antes), que passou pra mim e derrubou a nós duas. Felizmente, conseguimos tratar logo no início e não foi preciso apelar pro médico nem pro pronto socorro. Mas, mesmo assim, foram semanas com uma coriza que não ia embora e uma tossezinha na hora de dormir que nos tiraram o sono.

Quando pensei que a gripe tinha ido embora de vez, me surge uma infecção de garganta que fez a pequena precisar de antibiótico pela primeira vez na vida. Eu sei, tivemos sorte dela ter passado tanto tempo sem precisar deles, mas é de dar dó né? Por causa da febre que não baixava e dos antibióticos – que a escola não dá pra criança nem com a receita médica – ela ficou uma semana sem ir pra aula. Mas como já haviam me alertado, infelizmente é comum a criança ficar doente nos primeiros meses na escola. Até ela criar toda resistência (que eu achava que ela tinha de sobra, já que nunca ficava doente), talvez a gente ainda tenha que enfrentar outros episódios como esses.

Tirando isso, a entrada da minha pequenininha na escola está sendo uma maravilha. Assim, tenho um tempo pra cuidar das minhas coisas e trabalhar, enquanto ela se diverte convivendo com outras crianças e aprendendo coisas novas. Não me arrependo nem um pouco dessa decisão.



E pra quem está nessa fase da escolha da escolinha ou da adaptação, aqui vão algumas dicas que nos ajudaram bastante, baseadas na minha experiência e em matérias e posts que já li por aí:

- Visite várias escolas e prefira fazer isso sem marcar horário com antecedência. As boas escolas não costumam exigir agendamento.
- Se for possível, leve a criança junto durante as visitas. Observe como ela se comporta, se gosta dos ambientes e das pessoas, se sente à vontade ali. A “opinião” dela é importante, afinal, é pensando no melhor pra ela que você fará a sua escolha.
- Analise as propostas pedagógicas de cada escola, assim como o espaço físico, a formação dos professores e auxiliares, a localização, a forma como eles dividem as atividades ao longo do dia e o que priorizam na formação das crianças. Avaliado tudo isso, pense naquela que mais tem a ver com o seu estilo de vida, com as suas expectativas e anseios e com o que você quer pra educação e cuidados do seu filho.
- Se estiver em dúvida, faça uma listinha com os prós e contras de cada escola. Coloque tudo na balança e opte por aquela que tem mais “prós”.
- Não tenha medo ou vergonha de perguntar tudo e tirar todas as suas dúvidas com a escola. Pra facilitar, você pode montar um questionário e levar pra não se esquecer de perguntar nada importante.

E para a adaptação:

- Mesmo que esteja ansiosa e nervosa para o início das aulas, tente não demonstrar isso para o seu filho. Acredite, eles sentem as mudanças no comportamento e humor dos pais e podem acabar ficando nervosos também.
- Passeie pela escola com o seu filho, converse com os professores, mostre as crianças, sempre ressaltando os pontos positivos do lugar, falando como as crianças estão se divertindo e como vai ser legal passar um tempo ali.
- Torne o momento da entrada na sala de aula em algo natural. Mais um vez, vale ressaltar todas as coisas boas do lugar. Se for preciso, entre com ele, ajude-o a se sentar e deixe que a professora faça “as honras da casa”, mas sempre ali do lado.
- Se a criança chorar e se negar a ficar na escola sem você, o melhor a fazer é ter paciência e ir aos pouquinhos. Deixá-lo chorando e ir embora não é o melhor caminho. Sente-se com ele, se proponha a fazer as atividades junto com a turma e vá aos poucos explicando que você não o está abandonando ali, que ele poderá te ver no fim do dia ou que poderá pedir a sua presença quando se sentir inseguro.
- Agora, se o caso for o oposto (como o meu) e a criança ficar tão à vontade que nem sem lembrar de olhar pra trás e dar tchauzinho pra você, nada de ficar triste, se sentindo abandonada e menos preterida pelo filho. Encare isso como um passo importante rumo à liberdade e autonomia do filhote. Pense que muitas mães gostariam de estar no seu lugar.
- Lembre-se sempre que cada criança tem seu tempo e cada uma reage de uma forma à novidade da escola. Se tiver dúvida sobre como se comportar e o que fazer pra ajudar na adaptação, peça ajuda das professoras e coordenadores da escola. Eles têm muito experiência com isso e vão saber te orientar de forma que essa adaptação se dê da melhor forma possível, tanto pra criança quanto pra você.



Espero que essas dicas e a minha recente experiência nesse assunto que rende tantas dúvidas possam ser úteis. Depois conto como ficou nossa rotina nessa nova fase.

Beijos,

Mari

*Imagens daqui e daqui
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