...Meia palavra basta. Pelo menos é nisso que a Clara deve
acreditar.
A menininha, do alto de seus recém-completados 1 ano e 10 meses, está finalmente perdendo a preguiça de falar português
(antes ela só falava bebenês mesmo). Agora fala sem parar e aprende todo dia uma palavra nova...só que
às vezes pela metade! Sim, ela fala apenas uma das sílabas da palavra e o restante...bom, o restante cabe ao outros decifrar! Nessa sua linguagem particular, é mais ou menos assim:
Ca = Carro
Ro = Rose
Ban = Banho
Pon = Esponja (do Bob Esponja)
Ti = Titio/Titia
Tatá = Patatá
Cha = Chave
Bô = Acabou
Bó = Bola ou Bota, dependendo do contexto
Tem = Tênis
Den = Dente
Bôu = Bolo
Ro = Rose
Ban = Banho
Pon = Esponja (do Bob Esponja)
Ti = Titio/Titia
Tatá = Patatá
Cha = Chave
Bô = Acabou
Bó = Bola ou Bota, dependendo do contexto
Tem = Tênis
Den = Dente
Bôu = Bolo
...e por aí vai.
E pouco adianta repetir e repetir a pronúncia correta das
palavras pra ela, porque ela repete do jeitinho dela, ignorando as outras sílabas
das palavras. Mesmo assim, continuo tentando, sem forçar, porque acho que esse
não é o caminho pra ensinar nada pra uma criança. Mas será que isso é normal ou
eu devo me preocupar já? Muito se diz sobre
a troca de letras, crianças que falam as palavras erradas com essa idade, mas a
mãe aqui nunca tinha ouvido falar desse caso em específico.
Procurei por informações sobre isso na internet e achei pouca
coisa, além de alguns relatos de pais que passaram pela mesma situação. Em um
dos poucos sites que encontrei algo a respeito, há a seguinte orientação:
“Quando os pequenos expressam palavras pela metade, pais
devem ajudar a completar e esforçar-se para interpretar o que eles dizem, mas
não cobrar da criança que ela fale corretamente. Isso depende de tempo, na
medida em que o pequeno convive com outros.
Em geral, aos três anos as crianças já são entendidas, ainda
que troquem palavras ou sílabas. A partir dos quatro, já é possível identificar
possíveis dificuldades e atrasos na linguagem. Se perceberem algum distúrbio
que gerou dúvidas, os pais devem procurar um fonoaudiólogo para conversar. Se
achar necessário, o profissional fará uma avaliação do caso. É preciso lembrar
que há diferenças de desenvolvimento entre crianças da mesma idade, e qualquer
dificuldade ao falar não representa necessariamente um problema.”
De alguma forma, isso deu um pouquinho de alívio (uma vez
mãe neura, sempre mãe neura), porque me mostra que estamos no caminho certo e
que ainda é cedo para cobrar um
desempenho melhor da Clara ou mesmo para achar que ela tem algum problema de
verdade no desenvolvimento da fala.
Por enquanto vamos continuar estimulando e esperando que ela
“perceba” que o jeito correto de falar é o nosso e não o dela..rs
E por aí, como vai (ou foi) o desenvolvimento da fala das crianças?
Beijos,
Mari