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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Menos brinquedos, mais brincadeiras: meu presente de Natal

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Vem chegando o verão Natal, pipocam em todo lugar aquelas anúncios maravilhosos de brinquedos-que-seu-filho-não-pode-viver-sem e todo mundo só pensa em uma coisa: presentes, presentes e mais presentes!

Quer dizer, quase todo mundo. Felizmente, tenho visto uma corrente de pessoas que, felizmente, tem o bom senso de perceber que as crianças, principalmente as com menos de 4 ou 5 anos de idade, pouco ou nada se importam com presente de Natal.

Imagine comigo: seu filho, que nem saiu das fraldas, literalmente, ganha um brinquedo caríssimo, cheio de firulas, cuja embalagem promete ajudar no desenvolvimento motor, da fala, do andar ou sei lá mais o que. Ele abre, curioso, aperta um ou dois botões, chacoalha pra um lado e pro outro e em menos de três minutos abandona o brinquedo e começa a brincar animadamente com a embalagem do dito cujo. No final daquele dia, ele passou mais tempo se divertindo (e aprendendo) com a caixa do que com a maravilhosa invenção que custou mais de 200 reais. Duvido que isso já não aconteceu por aí.

Não que eu seja contra os brinquedos, muito pelo contrário. Só acho que não é necessário uma criança ganhar um milhão deles, nem os mais caros, só pra atender ao apelo de meia dúzia de empresas ou por que as pessoas acham que têm essa obrigação. Eu adoro dar e receber presentes e claro que não sou contra as pessoas presentearem a Clara, mas acho válido falar que nem sempre o dinheiro investido em um presente é proporcional ao tempo que a criança gastará aproveitando-o.

Aqui em casa, até hoje dá pra contar nos dedos de uma mão os brinquedos que eu comprei pra Clara – quase todos bem baratinhos. No seu aniversário de 1 ano ela ganhou muitos – bem mais do que eu esperava – e até hoje ainda estamos “estreando” os presentes que ela ganhou há mais de um ano. Ainda assim, a sala está sempre cheia deles – e a Clara tá sempre brincando com as peças de alumínio da cozinha.

Nos dois últimos anos, ela mal entendia que o Natal é uma época especial. Muito menos que precisava ganhar presente. Por isso mesmo, não ganhou (meu e do pai). Nesse ano, ela só sabe mais ou menos que o “Papai Noel traz presente” porque já entende melhor o que acontece ao redor e porque na escola ela ganhou presente dele (que eu comprei, por R$20). Quando pergunto o que ela quer ganhar do Papai Noel, ela diz que quer um carro. Depois conto qual foi o carro que ela ganhou!

Mas fora isso, sinceramente, não ligo se ela não ganhar mais nenhum. Eu sei que o que não falta, em casa e fora dela, é coisa pra aguçar sua imaginação, seu raciocínio e sua diversão.  Que falte brinquedos, mas não falte brincadeiras!



*Dica: Se você também acha que criança não precisa de muita coisa pra ser feliz, conheça o Movimento Infância Livre de Consumismo, que tem discussões e pontos de vistas muito interessantes sobre o assunto :)

Beijos,

Mari

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Trabalhar fora ou ficar com os filhos? A eterna dúvida materna

4 comentários

Parar de trabalhar pra me dedicar mais à Clara era uma possibilidade – e mais que isso, uma vontade que eu vinha alimentando há certo tempo. Até que me vi de frente com essa mudança e, confesso, fiquei aliviada por a vida ter tomado esse rumo. Eu sempre amei trabalhar, gostava do que fazia, por muito tempo aquilo me motivou e me fez feliz.

Fui “do contra” da maioria das mães, que deixam de trabalhar quando engravidam. Eu voltei a trabalhar depois da licença maternidade quando a Clara tinha quase 5 meses e estava “tranquila” com essa decisão, foi até mais fácil do que eu achei que seria. Fui feliz trabalhando fora – enquanto ela era cuidada por uma pessoa ótima e de super confiança em casa – por mais de um ano.

Mas aí alguma coisa começou a mudar. Eu comecei a sentir uma falta danada de poder acompanhar mais de perto as tantas transformações na vida da minha filha, de ter tempo pra ela e pra mim também, porque trabalhando e ficando fora de casa o dia todo não dava tempo pra NADA! Eu não rendia mais tão bem no trabalho e a empresa precisava de alguém com gás total. Resultado: saí.  Isso já faz quase cinco meses e, agora, olhando e tentando fazer uma avaliação dessa mudança – que só quem é mãe sabe o quanto é grande – posso dizer que sim, foi a melhor coisa que poderia ter acontecido.

Como toda escolha, escolher “não trabalhar fora” tem seus prós e contras. E eu não poderia saber de todos eles se não tivesse passando por isso.

Entre os benefícios, está a impagável oportunidade de vivenciar o dia a dia de uma menininha que faz milhões de descobertas todos os dias, que está desembestando a falar e que apronta todas e mais algumas. E se é cansativo pacas (sim, é!), também é ótimo acompanhar toda essa eufórica e desafiadora infância, que é única pra ela e pra mim.

Outro ponto a favor dessa decisão é ter tempo pra fazer as minhas coisas: as que eu preciso, tipo ir ao banco, compras as coisas pra casa, resolver as pendências da Tchukids, etc, e também as que eu quero, como por exemplo, ir à academia, sair no meio da tarde pra tomar um sorvete (e depois ir pra academia de novo), viajar durante a semana e tantas outras coisas que antes eu não podia fazer. Tudo isso faz um bem danado!

Sem falar na liberdade de fazer meus horários, trabalhar em casa de olho na cria, de dividir meu tempo da forma como eu achar mais produtivo e mais adequado à rotina de casa.
Por outro lado, ao deixar de “trabalhar fora”, descobri que “trabalhar dentro” é igualmente  cansativo às vezes. (Nesse momento, Clara acaba de acordar e chegar no sofá, onde escrevo esse post, pedindo colo. Provavelmente ele só será terminado amanhã).

Pouco depois que eu parei de trabalhar na agência, a Rose, babá e faz-tudo aqui em casa desde que a Clara era bebezinha também pediu pra sair (sinal de que nada acontece por acaso) e eu me vi doida – e perdida – pra cuidar da casa, da Clara, do home Office e de tudo mais sozinha. E aí a gente percebe que ser mãe e dona de casa é, com o perdão da palavra, trabalhoso pacarái

Tem dias que acho que vou surtar: é a casa de pernas pro ar, almoço pra fazer, Clara dando chilique, trabalho me esperando, encomendas pra despachar, trabalho-ad-infinitum-forever-quero-fugir-pra-uma-ilha. E é por isso que dá vontade de enfiar um garfo no zóio de quem olha pra você e pensa: "que moleza essa vida de mãe que não trabalha". 



Mas aí você percebe também que, se dá conta de tudo isso sem deixar a casa pegar fogo ou sua filha morrer de fome – ou de tédio, dá conta de qualquer outro trabalho no mundo, meu bem. Só falta receber salário, porque, aliás, essa é outra questão que pesa contra nessa questão trabalhar fora versus se dedicar exclusivamente aos filhos. Por enquanto, eu ainda tenho uma graninha pra me virar com as minhas despesas, mas ano que vem, sinceramente, não sei como vai ser. Tremo só de pensar na possibilidade de ter que ficar pedindo dinheiro pro marido pra tudo, então essa parte é a que mais me preocupa no momento.




Mas, mesmo assim, não tenho pretensão de voltar a trabalhar em horário integral, fora de casa, com hora pra sair e pra entrar (e nenhum tempo pra mim). Deus queira que chova frilas e encomendas na Tchukids, pra eu conseguir manter essa minha decisão. Decisão da qual não me arrependo nem um tiquinho (pelo menos até o momento em que escrevo esse post) e que só me mostrou mais uma vez que não há regras, nem certo ou errado quando o assunto é o bem estar de mães e filhos. Cada um tem que saber o que é melhor pra sua família - e qual a hora de arriscar mudar, se assim quiser.


E por aí, qual foi o melhor caminho pra vocês, mães, depois que os filhos chegaram? Pensam em mudar de rumos também?

Beijos,

Mari
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