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quinta-feira, 24 de maio de 2012

O (triste) dia em que a amamentação chegou ao fim

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Há vários dias, quando penso em escrever algum post para o blog (e isso acontece várias vezes por dia) uma frase sempre martela na minha cabeça: "a gente faz o que pode".

Fiquei me perguntando o porquê disso, por que meu cérebro – ou meu inconsciente – queria me dizer isso.
Daí que comecei a pensar em como escrever sobre uma coisa que já me tirou o sono e que ainda me deixa um pouco chateada e essa frase “a gente faz o que pode” passou a fazer bastante sentido: o fim da amamentação.

Há cerca de dois meses, quando a Clara começou a se alimentar de outras coisas além do leite (até então revezávamos o LM com o LA, quando eu não estava em casa) eu parei de amamentar no meu horário de almoço. Isso significou uma redução ainda maior das mamadas, eu dava o peito apenas de manhã e a noite, antes dela dormir.

Foi aí que, para minha tristeza, minha produção de leite começou a diminuir a cada dia, até que chegou o momento em que percebi que o que eu tinha a oferecer não era mais suficiente pra necessidade dela. Ela mamava no peito e, meia hora depois, reclamava de fome.

A Clara passou a acordar de madrugada querendo mamar, coisa que ela não faz, e isso me deixava extremamente cansada, já que acordo cedo e trabalho o dia todo. Pra tentar reestabelecer a rotina do sono dela, comecei a dar mamadeira a noite. E funcionou, ela voltou a dormir a noite inteira.

Foram alguns dias amamentando apenas de manhã, até que eu me dei por vencida: não dava mais pra amamentar. Os dias foram se passando e, pra minha surpresa, meu peito nunca mais ficou cheio novamente (ainda achava que depois de uns 3 ou 4 dias, no máximo, teria que tirar com a bombinha).

Ontem fez duas semanas desde que amamentei pela última vez. E confesso que esse momento, que eu sempre curti tanto, me faz falta. Faz muito mais falta pra mim, afetivamente, do que pra ela, aliás, pois, felizmente, ela não demonstrou nenhum incômodo por ter parado de mamar no peito.

Pra mim, amamentar foi uma das experiências mais fantásticas que a maternidade me apresentou. É realmente, como muitas mães descrevem, um momento só nosso e de nossas crias. Mais do que alimentar fisicamente, é trocar carinho, contemplar a maravilha da vida, curtir mesmo esse período tão mágico. Mas sei que isso pode - e será - feito de outras maneiras a partir de agora. Maneiras não menos felizes e recompensadoras.

Às vezes fico pensando se não deveria ter persistido mais. Se, como diz o ditado, não era melhor continuar a pingar do que secar. Mas estou me conformando de que foi um processo natural e que eu fui até onde foi possível, que eu fiz mesmo o que eu pude.

Graças a Deus, minha filha é extremamente saudável, se alimenta muito bem, gosta de tudo o que experimentou até agora e se adaptou super bem ao leite artificial e à mamadeira. E, pra mim, isso é o bastante pra me fazer feliz, ainda que o pensamento “poderia ter feito melhor” insista em surgir de vez em quando.


segunda-feira, 21 de maio de 2012

{Crescendo} 8 meses

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(O post que era pra ter entrado dia 19, mas não entrou)

Já venho comentando aqui que este foi um dos meses em que a Clara mais se desenvolveu. E haja história pra contar!

O que aconteceu...

...com a Clara


- Fez sua segunda longa viagem, pra casa dos avós, no interior de São Paulo. Dormiu quase o caminho todo e resolveu acordar chorando (de novo) exatamente no trecho mais deserto e sem acostamento da estrada.
- Aprendeu a sentar sozinha (a se levantar e sentar)
- Aprendeu a se levantar apoiando nas coisas. Agora todo dia acorda e já fica de pé no berço.
- Fala mais que o homem da cobra. Já fala mamã, vovó, papá, mamá, nenê e outras combinações silábicas sem sentido (embora as primeiras também ainda não tenham exatamente um sentido pra ela, eu acho).
- Dá tchau, mas só quando quer.
- Aprendeu a engatinhar aos 45 do segundo tempo do sétimo mês.
- Ta cada vez mais independente: brinca sozinha, fala sozinha, mama sozinha (às vezes).
- Já sabe fazer drama pra conseguir o que quer. Chora e fica repetindo a palavra “nenê” quando é contrariada ou quando quer ir no colo.
- Descobriu o DVD e sua portinha que abre e fecha.
- Continua amando um celular, um computador e qualquer eletrônico, de preferência que tenha uma luzinha.
- Diz a lenda Rose, que a Clara faz ela dormir. Assim: a Rose pega ela no colo, enrola na sua cobertinha preferida e começa a cantar “Nana, nenê”. A Clara começa a dar uns tapinhas nela e “cantar” também, pra Rose dormir. Minha sogra testemunhou e diz que é a coisa mais fofa do mundo!!
- Come suuuuper bem, mas quando é a mamãe ou o papai a dar a comida, a história muda de figura.
- Adora todos os sucos, mas não gostou muito do de maracujá sem açúcar.
- Experimentou peixe e adorou.
- Não gosta de ficar mais no colo. Corrigindo: não fica mais parada em lugar nenhum!
- Ganhou seu primeiro galo na testa e seu primeiro hematoma na cabeça, tudo no mesmo dia.
- Sai pra passear e fica gritando feito doida conversando alto, chamando a atenção de quem passa por perto.

... com a mamãe:
- Parou de amamentar (e isso é assunto pra um post exclusivo).
- Anda cansada à beça e com dor no corpo todo.
- Já está fazendo mil e um orçamentos, planilhas e contas para o aniversário de um ano da filha.
- Engordou um pouquinho (Oh my Gooood) .
- Prometeu pra si mesma que no próximo salário mês vai mudar o visual. Aguarde e confie :=)



E ela engatinhou...

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...quando viu a coisa que ela mais ama na vida: o computador!

(E os gritinhos de alegria?)


Mentira que a coisa que a Clara mais ama é o computador né (eu espero!). Na verdade ela vinha ensaiando engatinhar já fazia tempo e aí, como sempre, de uma hora pra outra saiu pela sala desse jeito. E agora ganhou uma velocidade muito maior pra fazer arte. #medo

E tem mais. Ela também descobriu que com seu dedinho pequenino ela consegue abrir e fechar a portinha do DVD. Adivinha onde ela vai parar quando fica solta pela sala?



Por conta disso, num breve descuido da Rose (que ainda não tinha colocado essas almofadas que aparecem aí no vídeo), ela escorregou, caiu e bateu o cucuruco na base da estante, resultando em um risco roxo na lateral da cabeça e muito chororô, conforme ela me contou. Mas aí, depois de ser acudida e empurrar a Rose pra ser colocada no chão, não preciso nem dizer qual foi o exato lugar em que ela foi se aventurar mais uma vez, né?

Aaaah, meninaa!!




terça-feira, 15 de maio de 2012

Muitas novidades

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A última semana foi recheada de avanços no dia a dia da Clarinha. Na terça-feira, ela aprendeu a sentar sozinha (levantando da posição deitada). Eu estava com ela no chão da sala e, de repente, ela foi se erguendo, se erguendo e, com muito esforço, se sentou! Eu fiz a maior festa e ela adorou, deu altas gargalhadas.

Daí no outro dia de manhã, assim que acordou lá foi ela se sentar novamente no berço. Olhou pra mim e, creio eu, ficou esperando eu comemorar de novo..rs É incrível como eles aprendem a fazer uma coisa que a gente acha que vai demorar um monte do dia pra noite, e aí fazem de novo, de novo e de novo.

Pois bem, na quarta a Clara estava no meu colo na cozinha, junto com minha sogra e com a Neide, a mulher que trabalha pra ela e que sempre vem com a minha sogra quando ela fica lá em casa. A Neide resolveu dar tchau e não é que a Clarinha repetiu o gesto? Balançou a mãozinha meio desengonçada, como quem espanta um mosquito da orelha...hehe Minha sogra ficou surpresa e, diante do entusiasmo dela, a Clara acho que se assustou e não fez mais.

Até aí eu, sinceramente, estava achando que tinha sido só uma coincidência. Mas a cena se repetiu mais duas vezes depois e, agora, eu tenho certeza: ela sabe mesmo dar tchauzinho. Fofa!! Mas, por enquanto, é só quando ela quer. Às vezes insistimos, ficamos horas dando tchau e ela simplesmente ignora. E quando menos se espera, ela faz. Danada!

Já a quinta foi dia de outra novidade. A Clara estava no chão, se arrastando de um lado pro outro, quando teve vontade de vir comigo, que estava sentada no sofá. Ela foi chegando, se esticando pra segurar na beira do sofá e, quando conseguiu, ficou de joelho. Enquanto isso, eu, minha sogra, a Rose (a babá da Clara) e a Neide olhávamos pra ver qual seria a próxima atitude dela, achando pouco provável que ela teria equilíbrio e força suficientes pra ficar de pé sozinha.

E como os bebês adoram surpreender, ela se esticou, fez força e...upa, ficou de pé! E foi uma festa de novo. Depois de alguns segundos agarrada ao sofá, ela sucumbiu e caiu sentada no chão. Na esperança de conseguir imagens e provar que não estou mentindo registrar essa cena fofa, corri e peguei a câmera. Mas adivinha? Ela não quis mais saber de fazer de novo.

No outro dia de manhã, novamente, acordo e lá está ela em pé no berço, agarrada à grade, “falando” sozinha. E a cena tem se repetido. Sinto que a atenção terá que ser redobrada a partir de agora, porque qualquer coisa virou um desafio pra dona daquelas mãozinhas que agora acha que pode escalar tudo.

PS: ainda não consegui filmar nenhuma das novidades, mas assim que rolar eu posto aqui



segunda-feira, 14 de maio de 2012

Carta para a posteridade

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Filha querida, ontem passamos nosso primeiro Dia das Mães com você do lado de fora da barriga. E quanta coisa mudou desde o último Dia das Mães. No ano passado lembro da gente almoçando sozinhas no restaurante, onde, por acaso, a gente encontrou com a sua dinda (que até então não era sua dinda) e com a família toda dela.

Este ano foi diferente. Você me acordou cedo – cedo demais, aliás – às 8h00. Quando abri os olhos você estava em pé no berço, se equilibrando na pontinha dos pés pra poder me ver deitada na cama e falando alguma coisa que eu ainda não consigo entender.

Por alguns minutos, enquanto a mamãe criava coragem pra levantar da cama, você ficou ali, fazendo bagunça e falando alto. Levantamos e, depois de nós duas tomarmos nosso café, eis que o interfone toca. Papai me fez uma surpresa, me dando de presente uma cesta recheada de coisas gostosas pra comer, rosas vermelhas e um cartão, escrito por ele e – em pensamento – por você. Que delícia!

A manhã foi de brincadeiras e bagunça. Antes das 11h eu já estava um pouco cansada de tentar impedir que você comesse o fio do computador, entrasse dentro da estante e mordesse meu chinelo sujo. Mas tudo bem, é sempre bom ver como você está crescendo esperta e danadinha.

Tentei de dar almoço, mas você parou de comer depois de apenas algumas colheradas. Fomos nos trocar, eu acordei seu pai (que havia voltado a dormir depois que o presente chegou) e lá fomos nós pra casa dos seus padrinhos, almoçar com eles e suas famílias.

Você foi o centro das atenções. Foi de colo em colo, pegou tudo que estava ao seu alcance, tomou pra si o controle do videogame e atrapalhou um pouco o jogo. Se arrastou pelo chão, tomou muito suco e uma mamadeira inteira de leite. Até experimentou um pouquinho de torta de limão. Cansou. Lutou contra o sono e não dormiu, afinal, não queria perder nenhuma cena daquele almoço gostoso no meio da galera.

Na volta pra casa, você conversou até o segundo quarteirão. No terceiro, você dormiu. Chegamos em casa, você continuou a dormir no berço e, num raro momento, a mamãe também aproveitou pra dormir um pouquinho a tarde. Depois de maravilhosas duas horas de sono, você acordou a tempo de ver o Santos ser campeão paulista. Antes o Santos, do que o São Paulo ou o Palmeiras, né filha. Ah, não se esqueça, você já é corintiana desde criancinha, literalmente.

Você tomou banho, mamou e, depois de ficar um tempo presa no seu cercadinho, mamãe deixou você explorar a sala. E como você gosta de ir de um canto pro outro. Se enfiou debaixo da poltrona, escalou no sofá, subiu na mamãe e, claro, tentou muitas vezes morder o fio do telefone.

Pausa para um diálogo interessante entre nós duas:

Mamãe (olhando você comendo a franja do tapete) – Filha!
Você (sem ligar muito): “Aba”
Mamãe (mais alto): Filha!
Você: Silêncio
Mamãe (já se preparando pra ir tirar você de lá): Filhaa!!
Você (com o tapete já dentro da boca): Eita

Hahahahahaha. Não foi por querer, você nem sabe o que “eita” significa, mas foi muito engraçado assim mesmo.

Despausa

E assim foi, até você seu sono voltar, você ficar enjoadinha e ir parar no berço, onde dormiu pouco tempo depois. Ainda deu tempo da mamãe assistir um pouco de TV com o papai na sala para, então, encerrar seu primeiro Dia das Mães.

Você não vai se lembrar deste dia. Você nem sabe que ontem foi um dia diferente dos demais. Mas fica aqui registrado que você é responsável por me dar um outro dia especial no calendário, além do meu aniversário. Aliás, você é responsável por muito mais do que isso. Você é responsável por mudar o rumo da minha vida.

Um beijo

Mamãe


quarta-feira, 9 de maio de 2012

Era uma vez uma menininha...

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... muito boazinha, que gostava de ficar enroladinha em um pano e dormia boa parte do dia, embora algumas noites ela resolvesse passar acordada. Gostava de ficar no carrinho ou na sua cadeirinha, e podia passar horas ali, quietinha, entre uma soneca e outra.

A menininha, com o passar do tempo, foi crescendo, e aí decidiu que não queria mais ter seus pés e mãos presas. Ela queria mesmo era rolar para um lado e para o outro e ver tudo o que estava ao seu redor. Ainda ficava bem na sua cadeirinha, mas já demonstrava que ela seria pouco para sua ânsia de aventura.

Mais umas semanas se passaram e aquela meiga menininha, que a esta altura já possuía vontade própria e fazia questão de deixar isso bem claro, achou um jeitinho de se locomover para alcançar tudo o que lhe chamava a atenção. Era um jeito bem engraçado, arrastando a barriga e enfiando a cara no chão, mas ela chegava onde queria, mais rápido do que seus pais pudessem imaginar.

A menininha foi crescendo mais um pouco e certo dia descobriu que seu berço poderia ter uma vista muito melhor se ela se debruçasse sobre o protetor para olhar entre as grades. Foi aí que seus pais decidiram que era hora de abaixar o colchão do berço, o que, certamente, não impediu que a menininha se esticasse e se contorcesse toda para ver o que acontecia no quarto e para dar uma comidinha de leve na saborosa grade de madeira.

 Foi mais ou menos nesta época que a menininha ganhou de presente um colchão velho e alguns brinquedos novos. E ela passou a adorar ficar ali no chão da sala, chacoalhando uma girafa, mordendo um patinho de borracha e babando em tudo.

Um belo dia, no ímpeto irresistível de tomar para si o cabo enroladinho que balançava hipnotizante a sua frente, a menininha derrubou o telefone em cima da sua própria cabeça. E em vez de chorar, ela surpreendentemente se resumiu a uma cara de “ih, ferrou, fui descoberta!”.

Semanas depois, ela aprendeu a ficar sentada sozinha. E aí os brinquedos ganharam ainda mais graça. E aí também o sossego da família começou a acabar.

Agora, prestes a engatinhar, a menininha, que antes era calminha e gostava de ficar enrolada num pano (lembra?), está com ideia fixa de que pode fazer o que quiser. Vai de um lado pro outro, meio se arrastando, meio rolando e meio engatinhando, escala pessoas e qualquer objeto e dá um jeito de alcançar o que deseja. E se não consegue, não disfarça sua indignação.

Dia desses, foi deixada sozinha por alguns segundos e, aproveitando a distração do seu pai, foi parar ali ó:

Cadê a meia que estava ali no pezinho fofucho?


Tamanha a ousadia, seu pai decidiu diminuir seu campo de atuação e improvisou uma barricada de travesseiros, edredons e um lençol esticado no meio da sala. (Foi aí que a sala, que há tempos não ficava mais organizada, virou um #sambadocrioulodoido de vez!)


Não contente, no mesmo dia, a menininha ainda estragou seu protetor do berço ao escalá-lo e arrebentar o cordão que o prendia à grade e decidiu que ficar sentada feito uma mocinha no carrinho novo é para os fracos. Os bons mesmo ficam é em pé, lambendo a barra de proteção e gritando pra todo mundo ver (e ouvir).


E assim a menininha segue aprontando das suas, quase fazendo com que os outros se esqueçam que um dia ela já foi um bebê quietinho, que conseguia ficar parada por mais de 10 segundos. E sua mãe, que sabe que tudo isso só tende a piorar, segue aguardando ansiosa pelo dia em que a palavra “não” passe a fazer algum sentido pra ela.

A história continua...

terça-feira, 8 de maio de 2012

Bebê-cobaia: como alimentar o filho dos outros

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Falei aqui uns dias atrás sobre as pessoas que gostam de palpitar sobre o que julgam ser a maneira certa de criar nossos filhos. O assunto repercutiu, teve gente que se identificou com os dois personagens: a mãe e o “conselheiro”.

Pois bem, mas existe uma outra situação, ainda mais evidente e comum, pelo menos no meu caso, que é quando a pessoa simplesmente passa pela fase do palpite e vai direto à ação!

No meu curso intensivo de maternidade nos últimos 7 meses e meio percebi que não há nada mais irresistível do que testar as capacidades e reações de um bebê. Todo mundo está o tempo todo querendo saber como ele vai se comportar em determinada situação, como vai reagir a determinada novidade e, especialmente, qual carinhafofaeengraçada ele vai fazer quando você enfiar um limão azedo ou um palitinho salgado na boca dele.

São os bebês-cobaia! Uma espécie muito comum, eu acredito. Na minha última estadia em Jales, a Clara experimentou algumas “novidades”, sem o consentimento da  mamãe aqui, diga-se de passagem.
Minha vó, super carinhosa e louca com a surpresa que fizemos chegando com a Clara lá em Jales sem avisar ninguém, tratou de fazer um pãozinho em miniatura pra ela. Daí que fomos tomar café da tarde lá, aquela confusão de tios, primos e crianças botando os assuntos em dia e quando olho: a Clara, no colo de alguém, lambendo seu pãozinho com uma cara meio feliz, meio desconfiada, meio vesga tentando ver o objeto que ela colocara na boca.

Ok, até aí tudo mais ou menos bem. Só que o primo, não contente, resolve oferecer um pão COM MARGARINA! E ela, claro não recusou. Deu uma lambida, ficou alguns segundos tentando descobrir o gosto daquela meleca gordurosa e já abriu a boca de novo, esperando por mais.

E a mamãe, que não é neurótica mas também não quer que a filha de apenas 7 meses fique comendo coisas industrializadas e nada saudáveis por enquanto, tratou de salvá-la dessa experiência-científica-não-autorizada.

No outro dia, em casa com a vovó e o vovô, foi a vez da cobaia Clara experimentar um palitinho de massa de pão empanado com sal e mais algum tempero que eu não sei qual é, porque não experimentei. Segundo relatos da minha mãe, que muito espertamente esperou eu sair de perto para oferecer o “petisco” pra ela, a Clara chupou, fez careta (também, seu paladar mal conhece a palavra “sal”), deu risada, tentou morder e conseguiu arrancar um pedacinho do palito, para o desespero da minha mãe, que tem medo mas não tem vergonha, né? E é claro que eu só fiquei sabendo disso bem depois do ocorrido, pra não dar bronca em ninguém.

Também já teve dedo melecado com sorvete, com chocolate derretido e outras coisas que eu nem quero imaginar, indo parar na boca do bebê-cobaia. Fazer experiência com crianças indefesas deve ser algo muito divertido mesmo. Se a criança em questão for o filho dos outros então, melhor ainda! A gente se diverte, a criança quase sempre e, se alguma coisa sair errado depois, deixa pra lá, quem vai cuidar são os pais mesmo. Azar o deles!

Tá bom, como eu já disse eu não sou do tipo neurótica ao extremo, também já passei da fase de me preocupar demais com germes, bactérias e outras bichinhos chatos mas inevitáveis do tipo. Também acho importante que minha filha tenha novas experiências e experimente coisas diferentes para, no futuro, não ter restrições com comida. É preciso deixar claro ainda que tenho certeza absoluta que as pessoas não fazer por mal, até porque na maioria das vezes são as mais próximas e mais queridas que fazem essas experiências alimentícias com a Clarinha.

Mas vamos combinar que tudo tem seu tempo e que ta cheio de coisas mais saudáveis por aí pra ela experimentar e se deliciar, antes de conhecer as tentações do mundo do açúcar, da farinha branca, do sal e das bobagens todas feitas com eles. E enquanto eu puder manter isso longe dela no dia-a-dia eu o farei, sem peso na consciência.


PS: Sobre o limão azedo citado lá em cima, essa experiência foi promovida pela mamãe mesmo, que não resistiu à ideia de ver a filha experimentando a fruta rainha das caras feias e engraçadas. Pra constar, ela fez careta mas quis mais.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Um feriado e três resfriados

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Andei sumida aqui do blog mas foi por uma boa causa. Uma causa própria, é verdade, mas boa ;)
Consegui finalmente viajar para a casa dos meus pais, no interior de São Paulo, fugidinha que não dava desde o Natal. Como sempre, foi uma delícia. Eu adoro a família toda reunida e desta vez deu pra juntar boa parte dos primos, tios e afins para um daqueles típicos almoços de domingo na casa da minha vó Iolanda.

E a Clara também deve gostar, porque é paparicada por todo mundo. Como é o membro caçula da família, acaba sendo o centro das atenções. Por sorte, ela é uma criança muito tranquila e alegre e se comporta quase sempre muito bem, mesmo no meio daquela italianada que adora falar alto e todos ao mesmo tempo...haha. E eu, claro, fico feliz por saber que minha pequena é tão querida por todos.

O único problema desta vez foi que, contrariando todo o retrospecto climático da cidade conhecida como “Jalão Tropical”, onde a temperatura beira os 40 graus 364 dias por ano,  foi me fazer frio e chuva. Resultado: eu, que só tinha levado umas roupinhas mais leves (mesmo as de mangas compridas), tive que sair pra comprar roupas quentes pra valer.

Tá, esse não foi o único problema (até porque nem sei se foi bem um problema, já que eu adoro comprar roupas pra pequena gastadora). O problema mesmo foi o resfriado que ela pegou. To dizendo resfriado agora, porque no dia achei que seria algo mais sério.

Na madrugada de segunda pra terça a Clara passou uma noite daquelas. Não quis mamar e acordava chorando desesperada de hora em hora, coisa que eu nunca tinha visto. Como não tinha febre, não quis dar nada pra ela tomar e o jeito para acalmar um pouquinho a bichinha foi colocar ela pra dormir (ideia do papai, que está reclamando que nunca é citado neste blog!).

Experimentamos pela primeira vez a tal da cama desajeitada compartilhada. E a cena foi mais ou menos essa daqui ó:



Quer dizer, essas aqui todas:


Gente, como é gostoso abrir o olho e ver aquela pessoinha ali, dormindo um sono gostoso e fungando no seu rosto, mas pra mamãe e pro papai não foi nada confortável. Não sei se por ser a primeira vez, mas acabamos dormindo cada um numa beiradinha da cama, quase caindo pra fora, e a Clara no meio com todo o espaço só pra ela, debaixo da cabaninha feita pelas cobertas.

Mas o importante foi que assim ela conseguiu finalmente dormir bem. Mas acordou amoadinha, com nariz escorrendo e olhinhos lacrimejantes de dar dó. Continuou sem querer mamar – tomou só 90ml depois do meu pai insistir muito – e comeu pouca papinha antes da gente pegar a estrada de volta.

E pra ajudar, eu e o Jr também amanhecemos mal, ele com dor de garganta e eu de volta com o resfriado que já havia aparecido dias antes. Na viagem de 6 horas, a Clara, que sempre vai super tranquila e dormindo a maior parte do tempo, desta vez chorou e ficou inquieta boa parte do caminho. Sinal mesmo de que não estava bem.

Bom, agora a parte boa de novo. Depois que chegamos em Londrina, ela melhorou. Na terça a noite mamou mais e dormiu a noite inteira no berço. Ontem almoçou bem, segundo a Rose, e tomou muito suco. O nariz continua escorrendo um pouco, mas não teve febre e o bom humor voltou ao normal..rs. Graças!

Vacinas

Esta semana a Clara tem que tomar a vacina meningocócica e eu pretendia aproveitar e dar a da gripe também, apesar de algumas pessoas não recomendarem.  Diante deste quadro de resfriado, preferi marcar uma consulta com a pediatra pra ela dar uma olhada na Clara e dizer se podemos mesmo dar as duas vacinas. A consulta será hoje a tarde e depois eu conto o que ela nos disse.

Um brilho nos olhos que não é bom


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