Muita coisa mudou nestes dois meses na rotina dela e da casa. Agora quem faz quase tudo é a babá, que também cuida dos outros afazeres domésticos na medida do possível. A Clara começou a tomar mamadeira, depois a tomar suco, passou a comer frutinhas e agora ta partindo para as comidinhas salgadas.
E eu sinto uma falta enoooorme de acompanhar mais de perto todas essas mudanças que a minha pequena está encarando. Até da coisas mais simples eu sinto saudade: de dar banho, de trocar a fralda, de tirar um cochilo com ela na cama no meio da manhã, de dar mamá a cada três horas, de vê-la balançar as mãos e os pés de euforia quando eu me aproximo, depois de sair de perto por um minutinho e de muito mais coisas.
Estou tentando estar sempre presente na “primeira vez” de cada descoberta, foi assim com o suco, as frutas e os legumes. Também tento aproveitar ao máximo cada minutinho que fico com ela na hora do meu almoço em casa, que é mega corrido, a tardezinha quando volto pra casa ou nos finais de semana. Mas fico me perguntando se isso é o suficiente, se ela não sente a minha falta, se isso não prejudica o desenvolvimento dela.
E no final, tudo que eu acho que não está muito bem acaba virando uma grande culpa dentro de mim. Se ela ainda não esta sentando, quando outros bebês mais novos já sentam, me pergunto se a culpa é minha que não estou lá o dia todo para estimulá-la. Se ela está mais manhosa para dormir, penso se não é porque sente falta de ficar mais tempo com a mãe.
Se chego em casa a noite e ela não quer brincar comigo, já penso no momento em que tive que sair de manhã e deixá-la acordada no berço, falando sozinha e doida por uma farra. Se a babá me diz que ela quis mamar de novo logo após eu sair, pronto, sinal que meu leite ficou fraco depois que eu parei de amamentá-la exclusivamente no peito. E por aí vai...
Como dá pra perceber, tudo pode virar um grande drama pra mim. Mesmo sabendo que muita coisa é apenas neura minha mesmo, mesmo sabendo que fiz uma escolha consciente, pensando no futuro meu e dela. Mesmo sabendo que não tem outro jeito, a culpa será minha eterna companheira. Mesmo tendo a certeza de que o tempo não para e de que não há tempo a perder com dramas.
E o medo que fica é o de me arrepender no futuro, mas isso só o tempo dirá.
1 comentários on "{Confessionário} Os dramas meus de cada dia"
Olha, este é o segundo post que eu leio teu.... e acho que já tem algum tempo, pq a foto que vi da Clara ela está com 17 meses, então.... passaram-se alguns bons meses por aí...
Algo mudou?
Vc está melhor?
Espero que esteja mais tranquila, a vida de mãe é mesmo uma imensa gama de sentimentos.
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