Será que toda mãe é assim?

Já faz um tempo que eu venho pensando em como devo estar chata para algumas pessoas. Olhando minhas postagens no Facebook - que é onde eu mais falo sobre a vida, meus interesses, minhas preferências e coisa e tal, eu percebi o quanto tenho sido repetitiva sobre um assunto: a Clara.

É foto da Clara, notícia das descobertas e do desenvolvimento da Clara, declarações de amor à Clara. E quando o assunto não é exatamente a Clara...bom, aí é sobre bebês, livros para bebês, decoração para quartos de bebês, fotos e vídeos engraçados e “cutis” de bebês, e por aí vai. Raras são as vezes em que eu posto algo sobre o mundo-que-não-gira-em-torno-das-crianças. Raras mesmo.

Na real, deve ter “amigo” meu no Face que só não me excluiu ainda porque tem vergonha que eu perceba, com certeza. Mas o amigo aí de cima tem aspas porque, sinto muito, se não suportar essa minha fase mãe-coruja-assumidíssima (que talvez amenize um pouco com o tempo. Ou talvez se agrave...), não deve lá ser mui amigo.

Tá, eu sei que, pra quem não tem filho – e não pretende tê-los, isso tudo é desinteressante. Há dois anos, eu mesma poderia achar desinteressante muitas das coisas sobre as quais eu falo hoje. Mas fazer o quê se eu não consigo controlar? Eu até tento falar sobre outras coisas, mas logo meu cérebro trata de fazer alguma ligação entre este outro assunto e a minha realidade de mãe. É uma coisa que eu não consigo conter, é mais forte do que eu.

Mas calma, eu ainda me informo e sei falar, discutir, debater sobre outros temas. Mas aí você vai ter que puxar o assunto, provavelmente. Se você me perguntar, lançar uma novidade e pedir a minha opinião, eu prometo que posso fazer render a conversa! E prometo mais: tento não incluir a Clara ou os bebês no meio do assunto. Eu tentarei.